Espera e tensão
Com a democratização das fotos digitais, o que era uma arte popularizou-se, câmeras tornaram cada vez menores e com mais recursos as “Power shots”. E cada um tornou um registrador de momentos, interessantes ou não. Com a internet e redes sociais um mostrar de intimidades corriqueiras que banalizam o ato de mostrar a realidade segundo sua visão.
Contato com a comunidade
Não falarei da importância da fotografia e dos vídeos, muitos já se falou.
Minha geração pautava-se nas palavras de Glauber Rocha: “Uma ideia na cabeça e
uma câmera na mão.”
Com os smartphones e com duas câmeras (frontal e traseira) os selfies e fotos posadas surgem a cada momento. A ponto de eu ouvir “pérolas de sábios” donos da verdade: ”fotografar todo mundo fotografa”, e um desmerecimento geral total e irrestrito pelo esforço do fotógrafo de plantão: “Você pensa que só você sabe fotografar?”.
Fotografia é uma arte e ciência cada vez mais avançando em tecnologia e cada vez mais você tem que ter conhecimento, e hoje em dia uma educação continuada, e sempre há quem sabe mais que você e ou tem um conhecimento novo.
Conferindo as fotos Sergio Cruz
Como trocar informações, compartilhar sonhos e projetos? Encontrei o pessoal do Fotroca através do Pedro Clash, na 41a. reunião no Palacete Carmelitas e tenho encontrado uma surpresa atrás da outra, um grupo coeso mostrando seus trabalhos contando suas formas de fazer e assim estimulando novas produções e parcerias. E mais acolhendo e celebrando com quem chega.
Os papos depois da reunião (que sempre são os melhores momentos) levaram-nos a conhecer o trabalho do grupo no registro da Festa do Rosário na Penha de França em São Paulo no dia 03/04/16. Trabalho de mais dez meses com mais de 3000 fotos de vários autores. Tamanho esforço que conversando com Carol Conti uma das idealizadoras do projeto, ao saber que esse trabalho era para um artigo, Jô Muniz exclamou:”Tem registro para um livro excepcional!”
Ricardo Biserra atento aos acontecimentos
Numa época de banalização e exposição de imagens o Fotroca surge como biscoito fino, registrando uma luta de resistência da cultura popular através da comunidade da Igreja do Rosário. A força do: “Viva o Povo Brasileiro” que João Ubaldo no seu romance, transparece nessa continuidade de luta. A esses fotógrafos o meu maior respeito por sua luta e profissionalismo.
Daniela Lucheta um olhar digital
Trabalho de equipe
Um comentário:
Trabalho sério de gente séria e competente.
Postar um comentário